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Vôlei adaptado é fator de união no Parque da Maturidade de Barueri



Muitas atividades físicas estão disponíveis para os frequentadores do Parque da Maturidade, administrado pela Secretaria da Família de Barueri (Sefam). O voleibol adaptado, que é praticado na cidade antes mesmo da criação do Parque, é uma delas. “Já gostava do vôlei, mas quando passei a frequentar o Parque da Maturidade me apaixonei de vez e tenho muito orgulho de fazer parte da equipe”, revela Neisa de Andrade, de 70 anos.


“Jogo na defesa, onde a exigência é maior. Às vezes a gente se desentende quando alguém erra uma jogada, porque ninguém quer perder, mas pra mim a equipe é como uma família”, complementa ela, que frequenta o Parque há dois anos.


Os três técnicos das equipes masculina e feminina promovem uma recreação e dois treinos semanais para que as equipes estejam afinadas para os torneios regulares e também para o Jiatiba (Jogos Intermunicipais Adaptados à Terceira Idade de Barueri).


A 15ª edição do Jiatiba deverá ocorrer em setembro deste ano. Com a inauguração do Complexo Esportivo do Jardim Silveira em breve, há a expectativa de que Barueri volte a incluir provas de atletismo na competição.


Muitos jogadores e jogadoras locais acabam se destacando nos torneios e recebem propostas remuneradas de transferência para outras equipes. “Alguns municípios inscrevem os jogadores no programa Bolsa Atleta, mas não é nosso foco”, conta Luciano Rigoberto Lourenço, um dos técnicos.


Ainda assim muitos atletas preferem permanecer em Barueri, pois sabem que a estrutura do Parque da Maturidade é muito boa. “Graças ao desempenho dos nossos atletas, temos ficado no pódio masculino (mínimo 3º lugar) nos últimos 10 anos”, declaram Eduardo Lemos Varjão e Vagner Scatolin, também técnicos.


Sobre o vôlei adaptado para a melhor idade

Surgiu em 1978 em São Paulo nos Jogos Regionais do Idoso. Tem como base o voleibol tradicional, mas há regras modificadas para que não ocorram lesões. Evita-se o salto junto à rede (bloqueio) e o saque é feito de baixo pra cima lançando a bola. As partidas são disputadas em melhor de três sets de 15 pontos.


Em competições é praticado por pessoas maiores de 60 anos e todos o reconhecem como muito benéfico para o corpo e para a mente. Tem sido cada vez mais praticado; já houve a criação de diversas ligas regionais e até da CBVA (Confederação Brasileira de Voleibol Adaptado).


A “fera radical”

Neisa de Andrade, carinhosamente chamada de Neisinha, moradora do Jardim Paulista, é orientadora educacional aposentada. Desde que se aposentou, há quase 10 anos, está sempre envolvida em atividades físicas, muitas delas radicais, como paraquedismo, super tirolesa e rafting.


Faz musculação específica para o esporte com a filha três vezes por semana. Vai ao Parque da Maturidade todas as segundas e quartas para treinar vôlei. Às terças e quintas se dedica à Yoga. Às sextas-feiras ainda não decidiu se vai voltar para a Natação ou iniciar na dança de salão.


Em tempo: Neisinha também participa das viagens e bailes promovidos pelo Parque da Maturidade e compete em torneios regionais e estaduais. Recentemente participou por quase uma semana dos Jogos da Melhor Idade (Jori) em São Bernardo do Campo (SP). “Se a gente tiver disponibilidade e vontade, dá pra fazer muita coisa”, incentiva ela.

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