
Furlan e Piteri anunciaram um feito que, para muitos, seria uma ideia maluca e improvável: a vinda de uma das maiores opositoras de seu governo, Mari Tavelli, para o grupo do atual prefeito.
Mari concorreu em 2020 pelo PSB à prefeitura de Barueri em oposição a Rubens Furlan (PSDB) e surpreendeu em sua primeira candidatura, chegando em 2º lugar na disputa do pleito, superando Baltasar Rosa (PT), Julio Leal (PMN) entre outros.
A notícia surpreendeu a muitos, visto que a jovem política baseava seu palanque em apontar falhas da administração de Barueri. Mas segundo Mari Tavelli, em uma conversa exclusiva com a Gazeta Oeste, afirmou: “Minhas críticas sempre foram focadas na melhoria dos serviços públicos. Meu intuito sempre foi agregar, cobrar a administração pública e contribuir para a solução dos problemas. Agora, fazendo parte do grupo do prefeito, poderei contribuir ainda muito mais. Continuarei fiscalizando, opinando e levando novas ideias e demandas ao nosso prefeito Furlan e seu vice Beto Piteri.”
Outro fator que pesou nesta aliança foi o alinhamento político, com a ida de Furlan para o PSB de Márcio França (mentor de Mari) e de seu amigo e parceiro de longa data, Geraldo Alckmin, o qual recebeu o apoio explícito do prefeito na eleição de Lula no ano passado. Ao anunciar seu apoio ao grupo de Furlan e Piteri, Mari explicou que o momento é de união no Brasil e em Barueri.
Para quem estranhou a aliança entre Lula e Alckmin, o apoio de Mari a Furlan e Piteri segue a mesma linha de juntar forças para fortalecer ainda mais o grupo para conquistar um objetivo comum. Mari Tavelli também declarou que se candidatará a vereadora da cidade em 2024 e que apoiará Beto Piteri como sucessor de Furlan ao cargo de prefeito.
Segundo nossas fontes, tal aliança teve a intermediação do vereador Thiago Rodrigues e Enezio Azevedo, que há algumas semanas deixou o grupo de Gil Arantes para também se juntar a Furlan e Piteri.
Mari relatou ainda à Gazeta Oeste que após o anúncio da aliança, tem recebido diversos ataques, muitos deles, machistas, por parte de grupos opositores ao governo Furlan: “Esses ataques expõem o machismo como principal inimigo das mulheres na política. O fato de ser rotineiro que uma mulher seja desrespeitada na vida, não significa, de forma alguma, que isso possa ser normalizado. Temos que ter o direito básico de fazermos nossos trabalhos, sermos duras quando precisarmos, incisivas, pragmáticas, e fazer escolhas políticas, sem que isso seja usado para diminuir nossa força ou até mesmo por em dúvida nossa honestidade. Aceitem que nós mulheres, chegamos para ocupar o espaço de poder e disputar de igual para igual com os homens. Machistas não passarão.” finalizou.